Minha jornada começou no bairro do Botafogo, no Rio de Janeiro, onde eu nasci em 2 de junho de 1954. Filha única de pais separados, Dona Regina Siqueira e Senhor Osvaldo Iório, cresci no Leblon, brincando de boneca e pedalando pela vizinhança. Desde cedo, a música já fazia parte da minha vida, e meu pai, que trabalhava em dois empregos para me proporcionar os melhores estudos, foi meu maior incentivador.
Ainda criança, ganhei um violão do meu pai e comecei a aprender as primeiras notas musicais. Na adolescência, eu adorava ouvir artistas como Carly Simon e Brenda Lee, que me inspiravam a seguir meu sonho. Minha paixão pela música me levou a participar ativamente de atrações musicais no colégio de freiras onde estudei.
Em 1969, aos 15 anos, tive a oportunidade de realizar um grande sonho: gravar meu primeiro disco, um compacto com apenas duas canções de minha autoria, "Menti Para Você" e "Sítio do Picapau Amarelo". O sucesso de "Menti Para Você", que ficou em primeiro lugar na Rádio Globo por mais de 40 semanas, abriu as portas para um convite da gravadora CBS, onde passei a fazer parte do elenco de artistas.
Meu segundo compacto, lançado em 1970, trazia as canções "Não Chore Baby" e "Eu Gosto de Ti", que também fizeram muito sucesso. Nessa época, eu contava com uma equipe de peso, sendo produzida por Raul Seixas e tendo Rossini Pinto como compositor responsável por complementar meu repertório com versões de sucessos internacionais.
Finalmente, em 1972, meu primeiro LP foi lançado e se tornou um grande sucesso, projetando-me para todo o Brasil. As músicas de destaque foram "Porque Brigamos" e "Ainda Queima Esperança". A partir daí, passei a ser presença constante nos principais programas de TV e rádio.
Em 1974, mudei de gravadora e passei a gravar pela Polydor, onde lançei três discos entre 1974 e 1976. Dessa fase, destacam-se os sucessos "Foi Tudo Culpa do Amor", "Lero Lero" e "Uma Nova Vida", esta última composta por Odair José, que inicialmente não fez sucesso na voz de Rosemary, mas se tornou um grande hit na minha interpretação em 1975.
Em 1978, gravei meu último LP dos anos 70 pela RCA, e a música de destaque foi "Vida Que Não Para", composta por Odair José e gravada por ele em 1972.
Nos anos 80, continuei minha carreira, gravando alguns compactos e um LP, além de participar de um tributo ao cantor Evaldo Braga, no disco "Eu Ainda Amo Você", onde cantei em dueto com ele a canção "Só Quero Ver".
Meu casamento com o cantor e compositor Odair José, com quem tive minha filha Clarice, apesar de ter durado pouco, foi uma importante parte da minha história. Mesmo com altos e baixos, minha carreira artística prosseguiu, especialmente em cidades pequenas e médias do Brasil.
Hoje, olhando para trás, sinto-me grata por ter tido a oportunidade de compartilhar minha voz e minha música com todo o Brasil. Minha jornada foi repleta de desafios, mas também de momentos de glória e realização pessoal. Espero que minha história possa inspirar outras pessoas a perseguirem seus sonhos, independentemente dos obstáculos que possam encontrar pelo caminho.
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